Simpósios Temáticos
Simpósio Temático 1: Saber e práxis: a teoria filosófica como possibilidade e necessidade de combate à violência de gênero.
Coordenação:
Profa. Dra. Thana Mara de Souza (Departamento de Filosofia/UFES e PPGFIL/UFES)
Embora a teoria filosófica quase sempre se paute no dever do respeito ao outro, todos e todas sabemos que ter um conhecimento teórico não induz necessariamente a uma prática equivalente. Mesmo dentro das universidades, é infelizmente comum verificarmos práticas de violência de gênero, seja entre professores e alunos/alunas, seja entre colegas professores e professoras. Trata-se, aqui, então, de propor um simpósio que coloque em questão a relação entre conhecimento e prática, que traga à tona não apenas a necessidade de um saber teórico e abstrato de igualdade de gênero, mas que o vincule a práticas de intersubjetividade mais iguais e harmônicas. Nesse sentido, colocar a própria noção de gênero como problemática filosófica é essencial, mas não basta: é preciso tomar o cuidado de não desvinculá-la de uma práxis que concretamente busque uma mudança nas relações hierárquicas e violentas de gênero.
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Simpósio Temático 2: Mídia e Gênero
Coordenação:
Profa. Dra. Gabriela Santos Alves (Departamento de Comunicação Social/UFES e POSCOM/UFES)
Profa. Me. Janaina Leite (Departamento de Comunicação Social/UFES)
A mídia tem se configurado como um importante território em que as representações de gênero são produzidas, reproduzidas e mediadas. Apesar de o discurso midiático predominante ainda ser repleto de estereótipos, reforçando uma visão misógina, preconceituosa e excludente das questões de gênero, é possível encontrar também produtos comunicacionais – sejam eles do campo do audiovisual, do jornalismo, da publicidade e das mídias sociais e interativas – que empreendem uma visão positiva ou ao menos reflexiva sobre essa temática. A proposta do ST Gênero e Comunicação é acolher trabalhos que discutam a diversidade e a complexidade das relações de gênero em seu entrecruzamento com o campo da Comunicação Social, sob a ótica da teoria feminista, teoria queer e dos estudos de masculinidades, que tenham como objeto as narrativas visuais, audiovisuais, impressas e sonoras.
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Simpósio Temático 3: Divisão sexual do trabalho em debate: análises teóricas e empíricas de gênero e mundo do trabalho.
Coordenação:
Profa. Dra. Livia de Cássia Godoi Moraes (Departamento de Ciências Sociais/ UFES e PPGPS/UFES)
Esse Simpósio tem por objetivo colocar em diálogo pesquisas que abordem temas relacionado à divisão sexual do trabalho. Interessam abordagens teóricas em torno da relação capitalismo e patriarcado; relações sociais de sexo e/ou relações patriarcais de gênero; interseccionalidade e/ou consubstancialidade entre classe, raça/etnia e sexo; trabalho e classe social nas análises feministas e suas correntes teóricas (feminismo materialista, feminismo marxista/socialista, teoria unitária, feminismo decolonial, feminismo radical, feminismo liberal); reestruturação produtiva e gênero; a constituição histórica da divisão sexual do trabalho; população LGBT e trabalho. Acreditamos ser relevantes análises empíricas sobre desigualdade de gênero no mundo do trabalho; dinâmicas de gênero no trabalho não remunerado ou reprodutivo; dimensões culturais e simbólicas da diferença sexual no trabalho; gêneros e as profissões; gênero e organizações políticas, lutas e resistências relacionadas ao mundo do trabalho, dentre outros.
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Simpósio Temático 4: Gênero e Sexualidade e outras dissidências: processos formativos e subjetivos em cursos de Licenciaturas.
Coordenação:
Prof. Dr. Alexandro Rodrigues. (Departamento de Teorias do Ensino e Práticas Educacionais/UFES e PPGPSI/UFES)
Esse Simpósio busca empreender discussões acerca das questões envolvendo currículos oficias, vividos e praticados por estudantes e professores nos cursos de licenciatura objetivando compreender e também problematizar de que maneira eles incidem nos saberes de professores e professoras em formação e apontam práticas mais democráticas mediante as novidades dos sujeitos em educação. Entende-se por processos formativos os diferentes tempos e lugares de fabricação dos sujeitos da educação diante de seus campos de lutas, de resistências, de possibilidades, de enfrentamentos e negociações. Interessa a esse Simpósio problematizar as configurações normativas de corpo-gênero-sexualidade, colocando em qu estões a trama de saberes, poderes e fazeres selecionados, silenciados, aprendidos e experimentados nos cotidianos vivenciados pelos sujeitos nos processos formativos. Interessa-nos ainda contemplar trabalhos, práticas e estudos que ofereçam possibilidades de discutir os processos de produção, formação e invenção dos sujeitos na constituição do professor como obra de arte permanente mediante a multiplicidade da vida.
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Simpósio Temático 5: Gênero, sexualidades no contexto da Educação Física: práticas de ensino e práticas de resistências
Coordenação:
Profa. Dra. Ileana Wenetz (Departamento de Ginástica/UFES e PPGPSI/UFES)
Profa. Dra. Erineusa Maria da Silva (Departamento de Ginástica/UFES)
Este grupo de trabalho visa colocar em diálogo as diferentes abordagens teórico-metodológicas que venham debater e problematizar tanto o gênero quanto a sexualidade como marcadores que configuram o cotidiano de alunas/os e professoras/es. Nesse contexto, identificamos duas frentes de ação. Por um lado, identificar as diversas possibilidades de debate acadêmico e aproximações metodológicas que os/as professores/as de educação física promovem e realizam nas suas ações nos diversos espaços de atuação sejam formais ou informais assim como tais temáticas operam na formação dos/as professores/as. Por outro lado, problematizar se os acontecimentos de violência (em todas suas formas) ou vulnerabilidade social tem espaço no nosso contexto de intervenção e como os/as professores/as e alunas/os vem se colocando no enfrentamento das práticas naturalizadas em suas ações pedagógicas.
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Simpósio Temático 6: Gênero, feminismos e serviço social
Coordenação:
Profa. Dra. Gilsa Helena Barcellos (Departamento de Serviço Social/UFES e PPGPS/UFES)
O fato de termos, em nossa composição profissional, uma presença expressiva de mulheres e lidarmos, no processo de intervenção profissional, privilegiadamente com mulheres, que são as que mais utilizam políticas de proteção social no Brasil, o debate e o processo de elaboração sobre questões de gênero ou relações sociais de sexo é relativamente recente no Serviço Social. Também é relativamente recente a compreensão do papel político-pedagógico que os diversos movimentos feministas cumprem enquanto sujeitos coletivos, que buscam a emancipação política das mulheres, sendo esta intrínseca à emancipação humana. No processo de aproximação do Serviço Social com o debate de gênero, constatamos que o mesmo é imprescindível à formação e ao fazer profissional e que, para tanto, é necessário a produção de espaços qualificados, para estimular a apreensão das questões que estão afetas à relação gênero, feminismos e serviço social. Qualificar o debate significa entender os determinantes dessa dinâmica numa sociedade de classes, patriarcal, racista e homofóbica. A proposta do ST Gênero, Feminismos e Serviço Social é acolher trabalhos que apresentem reflexões sobre gênero/relações sociais de sexo e feminismos e suas conexões com o processo de formação e o fazer profissional.
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Simpósio Temático 7 - Gênero e discurso: a pesquisa discursiva como instrumento de identificação e denúncia da violência
Coordenação:
Profa. Dra. Micheline Mattedi Tomazi (Departamento de Línguas e Letras/UFES e PPGEL/UFES)
Profa. Me. Raquelli Natale (Doutoranda do PPGEL/UFES)
Partindo de uma perspectiva multidisciplinar na qual o estudo do discurso não compreende um método de análise, mas uma prática analítica que acolhe métodos relevantes nas Ciências Humanas e sociais, este ST “Gênero e discurso: a pesquisa discursiva como instrumento de identificação e denúncia da violência” propõe reunir trabalhos que discutam como a análise discursiva tem contribuído para a identificação e denúncia dos mais variados tipos de violência, que são perpetrados contra a mulher, nas diversas esferas sociais, como a doméstica, familiar, midiática, jurídica, escolar, trabalhista etc. Espera-se refletir como a violência de gênero é (re)produzida não apenas pelas formas tidas como “tradicionais”, física, psicológica, moral, patrimonial e sexual, mas também, pelas estruturas discursivas institucionais com as quais lidamos cotidianamente.
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Simpósio Temático 8 - Da normalização dos corpos e subjetividades para a autonomia dos múltiplos cotidianos
Coordenação:
Prof. Me. Gustavo Arthur Monzeli (Departamento de Terapia Ocupacional/UFES )
Este simpósio temático surge da necessidade histórica de problematizar as bases epistemológicas da terapia ocupacional que a produzem como uma profissão cuja função social está ligada à normalização dos corpos desviantes de pessoas com deficiências, trabalhadores acidentados, além das pessoas que têm seus cotidianos atravessados por transtornos mentais ou suas condições materiais e simbólicas imbricadas em distintas problemáticas sociais. O objetivo deste espaço é refletir, através de múltiplas perspectivas teórico-metodológicas, a função social dos terapeutas ocupacionais frente às problemáticas que surgem desta relação entre saberes e práticas que produzem violências (explícitas ou veladas) e a possibilidade de se pensar outras formas de se compreender ação técnica e prática profissional, tendo como base a produção de cotidianos autônomos e vidas com significados múltiplos.
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Simpósio Temático 9 – História, intolerância e gênero na atualidade.
Coordenação:
Profa. Dra. Maria Beatriz Nader (Departamento de História/UFES e PPGHIS)
Profa. Dra. Lana Lage da Gama Lima (Instituto Nacional de Estudos Comparados em Administração de Conflitos - INCT-InEAC/UFF)
Os últimos anos da história brasileira, seja social, cultural ou política, a intolerância para com o outro tornou-se bastante visível, mas, por outro lado, as transformações ocorridas na Ciências Humanas permitiram uma nova possibilidade de abordagem e de metodologias para as pesquisas e o ensino de História. Esse Simpósio tem como objetivo discutir e analisar até que ponto as novas pesquisas sobre os estudos de gênero, intolerância e violência tem permitido ou não mudanças nas possibilidades de trabalho e perspectivas de reformulação do ensino da História.
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Simpósio Temático 10: Arquitetura e Gênero
Coordenação:
Profa. Dra. Karla do Carmo Caser (Departamento de Arquitetura e Urbanismo/UFES)
Prof. Dr. Nelson Pôrto Ribeiro (Departamento de Arquitetura e Urbanismo/UFES)
Diversos sãos os fatores que justificam estudos sobre Arquitetura e Urbanismo sob a perspectiva de gênero: identificação e entendimento dos mecanismos de ação desvantajosos, e muitas vezes sutis, para o gênero feminino em disciplina que historicamente e mundialmente favorece o gênero masculino; necessidade de melhorar as condições de bem-estar das mulheres arquitetas; qualificar o ambiente construído para a diversidade dos usuários; fornecer estímulo ao respeito à diversidade na profissão. Este simpósio tem por objetivo aglutinar pesquisadores/as de diferentes instituições permitindo um diálogo entre as pesquisas que tratam de gênero e arquitetura, tanto no exercício da prática profissional quanto na formação (estudantes e professores/as): resgate da história de arquitetas e escolas de arquitetura, exercício profissional e ensino (discriminação de gênero e estratégias de atuação), gênero e uso do ambiente construído (espaço público e privado), e novas abordagens teóricas e/ou pedagogias. Espera-se que as discussões geradas possam contribuir para fazer aflorar questões emergentes relacionadas às diferenças de gênero na área de Arquitetura e Urbanismo.
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Simpósio Temático 11: Enfermagem, Gênero e Saúde
Coordenação:
Profa. Dra. Franciele Marabotti Costa Leite (Departamento de Enfermagem/UFES e PPGSC/UFES e PPGENF/UFES)
O processo saúde-doença consiste em uma construção social, associada à qualidade das relações que se estabelecem entre os diferentes gêneros. Na enfermagem, falar de gênero é mais do que oportuno, considerando as inquietações, as reflexões e as demandas que esse tema gera na formação e no cuidado à saúde. Nesse contexto, a proposta do ST Enfermagem, que tem como tema “Enfermagem, Gênero e Saúde”, é acolher trabalhos que discutam: gênero, educação e formação de enfermagem; a articulação do gênero nas práticas de cuidado em saúde; os desafios e conquistas nas relações de gênero, saúde e enfermagem; gênero e determinantes históricos e sociais no desenvolvimento da profissão de enfermagem.
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Simpósio Temático 12: Saúde e Violência Sexual
Coordenação:
Profa. Me. Chiara Musso Ribeiro de Oliveira Souza (Departamento de Ginecologia e Obstetrícia/UFES)
Segundo a OMS, a violência sexual tem sido uma área negligenciada pelas pesquisas, em todo o mundo, mesmo tratando-se de importante problema de saúde pública. A violência sexual repercute na saúde mental e na saúde física, pelo risco de aquisição de doenças sexualmente transmissíveis e de ocorrência de gravidez indesejada. Nesse contexto, a proposta do ST Medicina, que tem como tema “Violência sexual e Saúde”, é acolher trabalhos que discutam: o papel do setor saúde no enfrentamento da violência sexual, o acolhimento à vítima de violência sexual, violência sexual e doenças sexualmente transmissíveis, violência sexual e saúde mental, violência sexual e gravidez/parto/aborto.
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Simpósio Temático 13: Análise e debate sobre a formação da personalidade autoritária durante o ensino jurídico a partir do conceito de autoridade e patriarcalismo.
Coordenação:
Profa. Drª. Brunela Vincenzi e (Departamento de Direito/UFES e PPGDIR/UFES)
Profa. Me. Catarina Cecin Gazele (Departamento de Direito/UFES e doutoranda do PPGHIS/UFES)
Pretende-se refletir e debater o anseio de dominação e de ser dominado, que ainda permeia a nossa sociedade, a partir das pesquisas da Escola de Frankfurt, em especial, de Theodor W. Adorno, sobre a personalidade autoritária. Pelo aspecto psicológico, pretende-se analisar as pesquisas de Erich Fromm, também do Instituto de Pesquisas Sociais de Frankfurt, sobre a fuga para o autoritarismo quando ele analisou a dominação do "Führer" durante o regime nacional socialista na Alemanha. O peso de assumir as rédeas do próprio destino e as responsabilidades pelas suas atitudes parece assustar alguns jovens, em especial estudantes de direito. Percebe-se um fascínio por comportamentos autoritários em detrimento do diálogo construtivo, o que leva a repetição de um modelo autoritário baseado no patriarcalismo da cultura brasileira tradicional. As pesquisas e debates do ST serão pautadas na leitura do livro Personalidade Autoritária de Theodor W. Adorno [* Publicado originalmente em Theodor Adorno, Else Frenkel-Brunswik, Daniel Levinson e Nevitt Sanford, The Authoritarian Personality. Nova York: Harper, 1950. Reproduzido em Gesammelte Schriften Vol. 9, T. I [Soziologische Schriften II] Frankfurt: Surhkamp Verlag, 1975, p. 143-. Traduzido por Francisco Rüdiger de acordo com a versão editada em Critical Theory ana Society A Reader, organizado por Douglas Kellner e Stephen Bronner. Nova York: Routledge, 1989].
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Simpósio Temático 14 – As diferentes formas de violência: contribuições teóricas e práticas dos saberes PSI.
Coordenação:
Profa. Dra. Andrea dos Santos Nascimento (Departamento de Psicologia/UFES)
Constata-se, no senso comum e no âmbito acadêmico o interesse cada vez maior por temáticas sobre a violência e relacionadas a ela. Embora seja um fenômeno que afeta a sociedade de um modo geral, ao longo de sua história, atualmente, os meios de comunicação têm dedicado amplo espaço para a divulgação de eventos violentos. Tal interesse tem fomentado discussões, reflexões e debates, sendo a violência estudada sob diversas perspectivas. Este simpósio temático tem por objetivo refletir sobre a contribuição dos saberes e práticas psi (psicologia e psiquiatria, por exemplo) para a delimitação, definição e caracterização das formas de violência, bem como apresentar a atuação dos profissionais para minorar o sofrimento proveniente dessas experiências.